Editei meus cadernos 36 durante os dias em q estávamos, eu e Bibia, em Natal, somente quase nós, num enquanto ela se refazia de uma intervenção médica que a fez nova em folha, vibrando de saúde.
Como é sempre, avanço meus anos escrevendo todos os dias antes de dormir, de poeta lida, é minha oração - aumenta minha sorte...
Aí está mais uma diletante colheta nos escritos desse meu recente ano da graça:
∞
I
Estive
num correr de emoções.
Sei exatamente
o que falta ao senso, somente
não sei explicar.
Panorâmico,
num sorriso que desdobra.
Agora é finalmente, estou feliz
como num cumprido, sempre
melhor acomodado.
Experimentando o sendo.
...
Nem
sempre se faz o que deve ser feito
preferindo
aclamar, supor com as palavras,
a
resolver com a correta ação.
Também
assim... Faz melhor!
Já
pensou
esse
mundo todo
por
palavras
refeito?
Antes
disso
descarregam
tantas
boas ideias,
enquanto
há
os
asco'ments
mais
doentes.
Passo
a deixa
não
sou o único
estranho
tudo
que
lamenta
tentando
estragar.
...
Nasce consciente uma esperança em mim... Eu que nunca fui muito dado a precisar da tristeza pra nada... Fiquei confortando a solidão num poema, no sono sozinho. Antes que me falte a memória dos poemas, bem certo de que me vale os sacrifícios, espero feito em teima a amplitude de sorrir somando as vezes que o vi chegar.
Passo devagar, neste sumido, consumido demais pra reverter. Apareço bem mais louco, um pequeno bicho dado a cometer.
Meus dedos contam as passagens que vc me ensinou, estimando as peças desse tabu.
Alargado em meio à divisão,
evitando senão.
Pode ser que eu sinta,
pode ser que eu diga, te siga!
Quero ver - Já pode ser...
...
Existe uma profundidade nas relações...
Antecipar o amor
que fundirá os laços... Feliz
faz dos gestos enormes vantagens...
Prontas a esconder na escolha.
...
tenho pressa,
minha cara esperta
tão cheia de sonhos,
refazendo a festa.
E, o que é o tempo
senão
a dança
das naturezas...
II
Couraça
não
sentir
cada
imensa bolha
cava
imensa vala
quando
um rito anda
num
saber que demanda...
Estou
sem saber
o
que esconde as certezas,
sendo
vago
anel
das correntezas...
...
Nos
satisfaz saber,
temíamos
que por uma peça
desmiolada
do destino
continuasse
a fugir de nós.
Assumimos
seu retrato,
espera-se
querendo...
Ouvir
vozes que na noite
evaporem
os medos e,
ousadamente,
um
pedaço da miragem
ele
ignore.
...
Materializar-se
nos
desejos mais puros.
Numa
forma de combinar
que
não há nada de certo
nem
errado...
Enquanto
é reto.
...
No
meio daquela ladeira
perto
da estrada
havia
um homem
que
sempre balançava
seu
chocalho à passagem
das
caravanas.
Era
um emprego de tempo
decente,
um apego urgente
em
saudar os estranhos
peregrinos
que somente passavam.
Numa
alegria ingente, recebia as novidades,
as
gorjetas nunca, por esta atividade...
Mas
sozinho, ele sonhava com as terras
além
das montanhas, dos campos vastos
do
seu povoado para o mundo todo em destino.
Caprichando
num sorriso
no
contente efêmero aceno
de
visitar num recado.
Ao
distante os passantes,
os
comboios...
Na
descida, em restante,
sua
imaginação era a fonte
para
infinitas paisagens.
III
Quando
falo de amor
estou
sempre disposto
a
antecipar um beijo...
Sem
aquela de "véspera do escarro"...
Pedi
tantas vezes ao acaso
que
me fizesse flutuar
que
recolho as palavras...
E
salta fora minha língua em permissão.
Sempre
eu sinto a carne mais corretamente,
de
olhos fechados, no calor calar de um amistoso beijo.
...
Sublime
vi esse teu desejo
deitado
ao lado
nesse
estreito chão
entre
nós
apenas
o espelho
encontrando
motivos pra esperar
um
prazer de cortar
os
limites que enganam...
Ardíamos
cá/entre
nós
feito
náufragos
tão
sem pontes...
...
Não
sei o quanto
eu
posso entender
essas
coisas:
Continuamente.
Carinhosamente.
Arranhando
esse
sério encontro
e
preciso motivo.
Um
rasgo, essa ilusão
nas
parábolas secas...
Viu
o que dizem por aí?
-
Somos umas aranhas, tecendo
uma
armadilha, sem conceito.
...
Leve
de coração
nessa
minha festa...
Concentração
precedida
pelos
meus antepassados ditosos. Viventes
são, ainda e para sempre.
Na
alegria de nossa memória.
Fartos
e com saúde, milagre é confiança.
Saber-se
humanamente
tecidos
da
mesma histórica carne.
...
Um
lapso essa ilusão
nas
parábolas secas
afundadas
na areia.
Nascerão?
Encantadas
que são
em
falta de certezas?
Inegáveis
à quem nos tem...
Não
é o tipo de pertencer
que
nos põe em queima,
é
aquele consentido.
...
Estou
mais...
exausto
descobri
Não
queria
um
eu
queria
todos...
...
Passo
por tantos lugares,
minha
sombra é gigante.
Assombra-me
o gigante
preso
num homem
que
soma tudo
tentando
conhecer-se.
Restando
praticamente
exausto
de
palavras.
Nuvem
formada antes,
sabendo
aonde
o
sentimento alcança.
Cada
vida que passo
me
encontro ao estranho
varando
o imenso...
Procurando
essa chama.
Marcar
um tempo assim
onde
o amor é grande
e
trás mais surpresas?
Sem
início ou fim.
Nossa
fruta - um jardim.
Mil
frutas num jardim...
Com
traços de sobremesa.
...
Atento
quantos
elementos
destacam-se
na paisagem
sorrateiros
tentando
firmar
para
sempre
a
impressão.
Iluminados
pela
inconsciência
do
espaço.
Brincando
de símbolos.
Ostentando
uma busca.
Passo
a somar o espaço
na
perspectiva do passo.
Entrando
e
encontrando
outras
soluções.
∞
Uma voz interna em mim é chama, me
chama:
compensa essa ciência saber que não estou morto
compensa essa ciência saber que não estou morto
porque lhe falo com químicas cores,
canto de amores.
Acorda bem cedo esse gesto de permissão
confiando com certeza nos abraços de quem é alegria,
viciado apenas num sonho - livre entusiasmado,
Acorda bem cedo esse gesto de permissão
confiando com certeza nos abraços de quem é alegria,
viciado apenas num sonho - livre entusiasmado,
parceiro confiante do dia-a-dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário